Post 56 - Cobertura - Club Arena Prime

Nesta terça, dia 04/12, estive no Club Arena Prime, evento da Oderbrecht para lançar o programa de hospitalidade, inovador, da Arena Pernambuco.

A festa, que ocorreu no Instituto Ricardo Brennand, foi um show de organização: buffet de qualidade, estrutura de primeiro mundo e interação com o público, tudo que se espera de uma empresa renomada como a Oderbrecht. Tirei algumas fotos e gravei alguns vídeos, vou tentar, com isso, trazer um pouco do ambiente, e dados fornecidos no evento, para vocês.

Um pouco antes do ponto de entrega dos carros aos manobristas, tem um boneco de ar do Fuleco, mascote da Copa:

Na entrada do castelo, haviam 4 placas de divulgação, duas a esquerda, duas a direita., cada um com segmentos diferentes da indústria do entretenimento, abordado na última placa. Vejam abaixo:

Na parte superior da entrada, havia um letreiro digital em rotação, que pode ser conferido nas imagens: 

Ao entrar, dava-se de cara com este backdrop:

 

Entrando no castelo, tem-se uma disposição bem organizada de mesas e "mini-lounges", com poltronas e sofás:

E mais itens de divulgação:

O mais bacana, sem dúvidas, eram os três telões localizados ao fundo, em posição ideal para visão do público:

Gravei alguns vídeos das imagens que apareciam nas telas, infelizmente a resolução ficou ruim porque gravei na vertical, esquecendo de problemas que ocorrem quando se passa o vídeo para um programa específico nesta posição, mesmo assim, neles vocês vão encontrar imagens dos aspectos culturais de Recife, como o frevo, e pontos turísticos da cidade, como o Marco Zero. Imagens do Porto de Suape também apareciam constantemente, além, claro de lances futebolísticos, da seleção brasileira (principalmente na Copa de 94), Náutico, Sport e Santa Cruz):

 

Nesse primeiro temos imagens de danças e comidas típicas. Os lances de futebol que aparecem no começo são referentes a um gol de falta da seleção brasileira e, nos dois seguintes, o antigo bandeirão da Fanáutico, vermelho, e um chute a gol defendido pelo goleiro da Portuguesa, ambas imagens do jogo Náutico 4x1 Portuguesa na Série B de 2005.

Nesse, na parte de futebol, temos mais lances da seleção na Copa de 94, Romário carregando a bandeira do Brasil e agora falando do Sport, temos uma defesa de Magrão. Aparecem diversas imagens do Porto de Suape e de outros pontos de Pernambuco.

Nesse último temos o gol de Bebeto que deu origem as comemorações em homenagem a bebês, o drible utópico de Rosembrick na Série B de 2005 e mais um lance do jogo Náutico 4x1 Portuguesa.

Depois que muita gente chegou, após muita conversa entre os convidados, principalmente sobre futebol (Sul-Americana 2013, rebaixamento do Sport, eleições no Santa e Sport, e consequências da Arena Pernambuco) as luzes se apagaram e o foco passou a ser o palco, onde o bi-campeão brasileiro de free-style fez uma apresentação demonstrando todo o seu talento, infelizmente não consegui gravar; Após isso, a jornalista e apresentado Glenda Kozlowski subiu ao palco junto com George Guilherme, apresentador do Globo Esporte. Eles falaram sobre como a Arena vai mudar a cultura do torcedor pernambucano, e fizeram diversas comparações, deram dados e informações pertinentes. Gravei esse vídeo, onde George Guilherme apresenta um VT da Arena: 

Após isso, passou-se a falar sobre camarotes e vantagens, algo que será abordado mais abaixo. No decorrer da apresentação, ao aparecer o escudo do Náutico, foi puxado um 

N-Á-U-T-I-C-O, e ao fim dele, George Guilherme, de forma bem espontânea, admitiu ser torcedor do Náutico e, pouco depois, encerrou a apresentação. Na saída, cada convidado ganhou um porta cartão e um jornal com informações da Arena:

Foi um evento importante, empolgante de se acompanhar e relatar. Faz você sonhar alto e explodir de ideias. Teremos uma nova Era de modernidade no futebol pernambucano, a revolução está muito perto, o que me preocupa é que o Náutico ainda não fez nada. O Secretário de Recife na Copa, Amir Schvartz, comentou sobre a urgência de se lançar uma campanha de adaptação nos primeiros meses de 2013. 

Das "lideranças alvirrubras", tivemos Américo Pereira e Armando Monteiro marcando presença, entre outros, além do presidente executivo Paulo Wanderley, recém chegado da festa de premiação do Campeonato Brasileiro, Toninho Monteiro, vice-presidente executivo, Eduardo Moraes, diretor administrativo, Carlos Kila, gerente de futebol, Armando Ribeiro, diretor de futebol, além do ex-atacante Kuki, entre outros.

A partir deste ponto, falarei apenas das informações passadas e da forma que eu acredito que irão interferir na cultura atual do torcedor pernambucano. Abaixo, um diagrama com números da estrutura e depois alguns dados passados no evento:

1. A Arena Pernambuco, construída pela Oderbrecht, foi baseada em outras referencias de Arenas Esportivas pelo mundo, como o Cubo D'Água, em Pequim, e a Allianz Arena, em Munique. O grande destaque na semelhança entre a Arena Pernambuco e a Allianz Arena é que as luzes de LED da parte exterior do estádio podem ser alteradas conforme a necessidade do evento:

 Allianz Arena em três cores diferentes

 Arena Pernambuco também terá esse recurso

Outras Arena que embasaram nossa futura casa foram: O estádio de Wembley, na Inglaterra, e a Amsterdam Arena, na Holanda; O centro de entretenimento LA Live, em Los Angeles, e a arena indoor O2 Arena, em Londres.

 Wembley

 O2 Arena

2. Melhoria da estrutura que garantirá aumento do público feminino, fator muito importante que já abordei em mapa conceitual no blog. Pode-se revê-lo abaixo: 

O aumento do público feminino irá se dar pelas condições dos banheiros, que atendem a exigência básica desse público (nos Aflitos isso não existe, uma vez que os banheiros muitas vezes nem sabão tem). Na Arena, são 71 conjuntos com manutenção constante. O aumento diversidade de opções de lazer que não se restringirão ao futebol (bares, restaurantes e outros estabelecimentos), - Glenda Kozlowski enalteceu muito este fato - também será um forte atrativo.

3. As empresas que estão e estarão trabalhando em alguns segmentos da Arena Pernambuco são a AEG, que organiza mais de 3.500 eventos esportivos em todo o mundo, e a IMX, empresa do empresário Eike Batista que é um joint venture (associação de duas empresas, neste caso da EBX com a IMG). A IMX será a responsável por comercializar os 106 camarotes da Arena, que variam de R$ 87.500 a R$ 250.000. Modelo de camarote apresentado em vídeo no evento abaixo:

O objetivo desses camarotes, e também dos assentos Premium, é trazer para o estádio o torcedor que não tem o costume de ir a Aflitos, Ilha do Retiro ou Arruda por falta de conforto. Os camarotes são localizados no primeiro piso do estádio, com vista privilegiada do campo, possuindo área gourmet, sala de estar climatizada e varanda.

4. As cadeiras padrão do estádio serão na cor vermelha, por ser cor uniforme nos times de Recife, mas podem ser trocadas por azul em instantes. O design será esse:

5. Quando se fala na Arena dificilmente se deixa de falar na Cidade da Copa, e lógico que tópico foi abordado no evento. George Guilherme falou das três vocações dela, que são: 

a) Morar; b) Trabalhar; e c), Se divertir. 

6. Muitas pessoas de caráter saudosista apresentam discursos baseados na argumentação de que "A Arena não será um Caldeirão como os Aflitos", o que é uma inverdade: a Arena foi projetada para que o som emitido pelo torcedor se propague pelo estádio, logo, a acústica será bem melhor; a distância da arquibancada para o campo também é mínima, a pressão continuará, e muitos que usam essa argumentação sabem disso, o que existe é o receio da mudança, mas isso é natural, e o erro é do clube que até agora não preparou o torcedor para essa revolução.

7. Nossa média de público irá aumentar, teremos 15.000 ingressos disponíveis para o Todos Com a Nota, só isso é equivalente a vários dos nossos públicos nos Aflitos na Série A. Vimos anteriormente que o público feminino irá aumentar, mas não será só ele, o número de idosos também, visto que as acomodações são baseadas na segurança e conforto de todos os públicos. Ou seja, quem ia aos Aflitos vai continuar indo, e o público que não ia por motivos de segurança, higiene ou conforto, três itens correlatos, vai passar a ir, o que deve nos dar uma média de público, aproximadamente, de 25.000 pessoas. Deixaremos de ter um estádio que significa GASTOS para ter um que significa RECEITAS.

Agora, vamos passar dos FATOS para a opinião do blogueiro que vos escreve. Primeiramente, temos que entender o seguinte: a Arena não é, apenas, um estádio de futebol. Ela é um local de diversos entretenimentos, e como tal, terá público todos os dias: seus camarotes podem ser utilizados para palestras, os corredores internos, que contarão com bares e restaurantes, serão povoados todos os dias; shows como, por exemplo, o de Paul McCartney  Por isso, teremos uma mudança na cultura que existe na experiencia de assistir a um jogo de futebol.

No modelo atual, jogando nos Aflitos, o torcedor comum sai cedo de casa, deixa o carro em uma rua nos arredores do estádio e vai para um bar com os amigos até a hora do jogo; Na Arena, teremos esse mesmo torcedor chegando pelo menos 3 horas antes do início do jogo no estádio e saindo 3 horas depois de seu término, pois tudo aquilo que ele procurava, no modelo dos Aflitos, em bares, ele encontrará na Arena.

Por isso, precisamos mudar a mentalidade do clube com relação ao torcedor; Será que ele vai querer pagar, como no modelo atual, mais de 50 reais da mensalidade de sócio, mais o dinheiro do transporte para chegar a Arena + o preço do ingresso? Claro que não, é muito gasto. O Náutico tem que abaixar o preço das categorias para um valor que não ultrapasse os 25 reais, pois assim a proporção de gasto irá se manter. Com esse valor, além de que já é associado, teremos um valor acessível, inclusive, para pessoas de renda menor, usuários do TCN, etc. Mas pra fidelizar esse público não pode-se apenas oferecer desconto no ingresso, deve-se ativar, e pra isso o Náutico depende muito da Oderbrecht, então, na minha opinião deveria haver um co-gestor para intermediar essa relação.

O modelo de ingresso incluso finalmente irá acabar, por motivos óbvios e já abordados neste espaço, e ao invés de pagar para entrar "de graça" nos jogos, o sócio terá um desconto X no preço do ticket. Pelo fato do estádio não pertencer ao clube, toda propaganda e todas as ações dentro dele tem que ser em parceria com a Oderbrecht, o que tem o lado bom e o ruim: o bom é que um adicional de competência nas ações, o ruim é que existe conflito de interesses que geram impasses, mas é algo que se resolve com facilidade. Precisa-se pensar em uma solução prática e rápida, para aproveitarmos o "embalo inicial", sentimento característico do experimento de novas sensações/experiencias, do torcedor na Arena e fidelizarmos a marca junto ao estádio com mais facilidade. 

AFLITOS 

Outro assunto de muita importância e com total relação a essa mudança de casa é o que será feito dos Aflitos. Eu tenho duas opiniões a respeito, a primeira é de que o terreno não pode ser vendido, a segunda é de que não se pode fazer qualquer negócio nele por pelo menos os próximos 3 anos, para vermos nossas condições na Arena e avaliar o melhor destino para a área da Rosa e Silva. O importante, daqui pra lá, é arrumar um negócio que gere receita perene ao clube. 

 

Destino dos Aflitos será crucial para o futuro do Náutico.

"Novo Estádio"

Após o repórter Hildo Neto divulgar a notícia de que Ricardo Leitão, secretário do Estado na Copa, falou sobre a possibilidade de se construir um pequeno estádio no CT, muita gente interpretou da forma errada, hoje esclareci e vim apresentar a resposta a vocês. Falei com três pessoas diferentes e todas elas me deram a mesma notícia, que o tal "estádio" é uma arquibancada com capacidade de 5 mil a 10 mil pessoas, funcionando para o time principal, quando necessário, e para a base - algo que pode ser bom para promover as equipes juvenis junto ao sócio, algo que inexiste hoje.

CT Wilson Campos pode ganhar lance de arquibancada.